Alguns fenômenos evolutivos ocorrem como resultado de eventos caóticos originados, ou na natureza ou ainda provocados pelo homem. A pandemia de COVID-19 é um destes eventos cuja existência tem o poder de transformar as vidas tanto das pessoas quanto das empresas de forma irremediável.
Olhando sob o ponto de vista das empresas, a pandemia trouxe desafios à sobrevivência que muitos consideravam insuperáveis.
Posicionamento digital veio para facilitar?
O passo para o posicionamento digital foi muito grande em relação às empresas que estavam atrás com as informações perante a internet e foi e está sendo um grande desafio para que estas estejam a frente nesse mercado digital. O que era um plano secundário, passou a ser fundamental para sobrevivência e deixar sua marca no digital.
A que desafios as empresas foram expostas com a pandemia?
Inicialmente o impacto do sumiço dos clientes em hotéis, bares, restaurantes, companhias aéreas e de rodoviários, do dia para a noite não haviam clientes demandando os produtos/serviços. Mas não só elas, o ecossistema que gravita no seu entorno foi junto, os comércios das rodoviárias, dos aeroportos ficaram às moscas… De uma hora para a outra estavam fechados, quer obrigados pelas autoridades ou de livre vontade. Pior, sem um horizonte de volta à normalidade.
Num cenário de absoluta incerteza as empresas tiveram que se reinventar, descobrir novos mercados ou novas formas de vender, gerenciar a força de trabalho executando as tarefas do dia a dia de casa (fato inédito para a maioria delas!), adaptar os sistemas corporativos a tempo de suportar tais demandas surgidas aparentemente do nada e, tudo para a ser feito a toque de caixa, com o mínimo de planejamento e o máximo de cooperação dos envolvidos era de fato um cenário completamente novo, desafiador e de consequências imprevisíveis.
É claro que nesse ambiente hostil e desconhecido muitas empresas sucumbiram, não suportaram as restrições impostas de forma abrupta o que é terrível, tanto para a economia em geral como para os diretamente envolvidos nos empreendimentos que pereceram nessa guerra – empresários, empregados, credores, fornecedores, etc., contudo, muitas empresas sobreviveram, outras até cresceram o que é um fato notável e deve ser destacado como alvissareiro.
Quem sucumbiu à borrasca?
As empresas que foram extintas nessa borrasca com certeza comungavam de várias características que explicam a derrocada coletiva. Para melhor compreendermos esse fenômeno devemos partir da identificação dos setores que foram mais afetados por esse tsunami de proporções bíblicas que se abateu sobre o mundo.
Os setores da economia que dependem diretamente do contato físico com seus clientes são, sem dúvida, os mais visíveis por esse ângulo. Por exemplo, o setor turístico (hotéis, restaurantes, lanchonetes, companhias aéreas e de rodoviários, etc), o setor de entretenimento (cinemas, teatros, show business), o comércio de rua em geral, isso para ficar em alguns.
Perceba que são setores que demandam muita mão de obra, trabalham com produtos perecíveis e exigem caixa bem administrados. É claro que não estamos dizendo que as empresas que quebraram eram relapsas em relação ao gerenciamento do caixa, é claro que não, mas é improvável que os empresários desses setores tivessem preparado suas empresas para enfrentar um período tão grande de faturamento próximo de zero e despesas correntes em seu fluxo normal (aluguéis, água, luz, salários, etc).
Qual empresa de aviação que faz previsão de ficar com praticamente todas suas aeronaves sem voar e manter caixa suficiente para bancar muitos meses de pagamento de taxas aeroportuárias, estacionamento, aluguel das aeronaves, mão de obra e demais despesas? A maioria das pessoas não para pra pensar, mas não há produto mais perecível do que o assento de um avião ou de um ônibus que viaja vazio, imagina todos os assentos sem gerar receita…
Todas as empresas que foram por água abaixo nesse furacão merecem nossa solidariedade e respeito e, com certeza serão estudadas e homenageadas no futuro pelos pesquisadores que se debruçarem sobre esse assunto.
Quem sobreviveu?
As empresas que sobreviveram conseguiram enfrentar as medidas de prevenção da pandemia ou por elas foram pouco afetadas, por exemplo, campanhas de informação e medidas extras de higiene e afastamento social além de não afetar o negócio das empresas de comércio eletrônico incrementam suas vendas e manteve um bom posicionamento digital (veja como exemplo os desempenhos de Amazon, Mercado Livre, entre outros grandes). Estas empresas também foram pouco impactadas no que concerne aos seus métodos de entrega o que foi mais um incentivo a sua sobrevivência.
Outras empresas que não eram do mercado digital, mas de algum modo conseguiram adotar o trabalho remoto, ter seu posicionamento digital e tomar outras medidas que incluíam antecipar despesas, por exemplo, antecipar férias dos funcionários ou, medidas mais radicais do tipo: adiar o pagamento de impostos conseguiram manter o nariz fora da água e esperar o nível baixar para contar os prejuízos e recomeçar.
E a resposta à pergunta inicial?
Bem, ainda estamos no meio desse torvelinho, mais próximos da saída é verdade, mas ainda estamos dentro dele, não temos todas as respostas ainda, é necessário tempo para irmos cada vez mais descobrindo nuances e encontrando respostas, entretanto, alguns indícios já estão aí. São alguns exemplos:
- Sorte. Esse é um fator que nunca deve ser desprezado;
- Um caixa forte como seguro principal e auxiliar principal da sorte;
- Criatividade para conseguir mudar o modo operar com segurança e a tempo de não sucumbir (por exemplo, veja a forma que mudou a maneira como empregamos a tecnologia para dar suporte a operação das empresas fora dos escritórios);
- Cooperação – contar com a força de trabalho, com os fornecedores e com os clientes para juntos sobreviver;
- Não esquecer que a batalha não foi vencida sozinho e bonificar os responsáveis;
- Posicionamento digital é fundamental para tornar a empresa visível na internet.
O que podemos tirar de lição dessa experiência? Comente e compartilhe!
Um grande abraço!